BELO HORIZONTE - A oposição ao governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia
(PSDB), na Assembleia Legislativa quer promover audiências para cobrar do
Executivo explicações sobre investimentos em Saúde e Educação. A decisão foi
baseada em liminar da Justiça que suspendeu os efeitos de um Termo de
Ajustamento de Gestão (TAG) que havia sido firmado com o Tribunal de Contas do
Estado (TCE) autorizando o governo a investir nessas áreas menos que o mínimo
previsto na Constituição Federal.
Pelo TAG, firmado em fevereiro, o Executivo mineiro ficaria obrigado a
investir em 2012 apenas 9,68% da receita na Saúde e 22,82% em Educação. O
acordo, relatado pelo ex-presidente da Assembleia e ex-líder do governo na Casa,
o tucano Mauri Torres, previa que em 2013 deveria haver aumento do investimento
para 10,84% na Saúde e 23,91% em Educação, porcentuais ainda abaixo do
estipulado constitucionalmente, que deveria ser cumprido apenas a partir de
2014.
Mas o Ministério Público Estadual (MPE), por meio das promotorias de Defesa
do Patrimônio Público, de Saúde e de Educação entrou com ação na Justiça em
julho considerando que o acordo, aprovado por unanimidade pelos conselheiros do
TCE, é inconstitucional. O juiz Adriano de Mesquita Carneiro, da 5ª Vara da
Fazenda Pública Estadual do Fórum Lafayette, concordou com o MPE e concedeu a
liminar suspendendo o efeito do TAG.
Com isso, ao menos até o julgamento do mérito da ação, o governo volta a ser
obrigado a investir 12% da receita em Saúde e 25% em Educação previstos na
Constituição. O magistrado ainda determinou multa diária "a ser arbitrada por
este juízo e revertida para o Fundo Estadual de Direitos Difusos" em caso de
descumprimento. Por meio de sua assessoria, o governo afirmou que a liminar
havia sido cassada, mas a informação foi negada pelo Judiciário. O juiz
responsável pela ação está de férias. O governo ainda pode recorrer da decisão,
mas, até esta segunda-feira, 5, nenhum recurso havia sido apresentado à Justiça
de segunda instância.
Fonte: Estadão
Nota do blog: Parabéns para as Promotoras de Justiça Josely Ramos Pontes de Maria Elmira Dick, autoras da ação.
Bacana essa, esse TAG foi brincadeira. Vc tem a decisão e a inicial? Quero ler.
ResponderExcluirAbraço
Tiago
Tiago,
ExcluirVou tentar providenciar. Se conseguir, publico no blog e encaminho para você. Abraço,
Luciano